Ellis Regina participa de audiência pública que debateu saúde pública do Município e Estado
Na Assembleia Legislativa, Ellis Regina falou sobre a falta de investimento no setor da saúde da capital
A presidente do Sindeprof Ellis Regina participou na manhã desta segunda-feira 08.04 da audiência pública que debateu as responsabilidades e atribuições do Município e do Estado na saúde pública e a situação do hospital e pronto-socorro João Paulo II e do hospital infantil Cosme e Damião.
A presidente, que também é vereadora e membro da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Porto Velho deu sua colaboração ao debate e falou um pouco sobre a atual situação a saúde municipal, citando a questão das Organizações Sociais (OS´s), e a falta de investimento no setor em decorrência do excesso de comissionados.
Após ouvir atentamente os esclarecimentos da secretária municipal de saúde, Eliana Pasini, Ellis se contrapôs a algumas declarações e ressaltou que seria muito bom se a saúde municipal estivesse nos moldes mostrado pela secretária.
“O gestor, quase sempre, coloca nas costas do servidor público a responsabilidade pela melhoria na saúde. A folha de pagamento de comissionados saiu de R$ 1,4 milhão, para mais de R$ 4,8 milhões atualmente, com a promessa de melhoria administrativa, sem resultados”, observou.
Ellis disse que a prefeitura tentou implantar o sistema de Organização Social de Saúde (OSS), mas que foi barrado, por enquanto. “Não sei se não tem recurso ou é falta de competência. Não consegue sequer licitar. Seria bom que a secretária fosse conversar com os pacientes e com os servidores. Falta material básico até. A realidade é caótica. Dizer que tem cinco médicos nas UPAS é mentira. Quando muito, tem dois médicos”.
Para ela, antes de falar é preciso ter conhecimento. “Muitos médicos não querem ir fazer atendimento na UPA da Zona Leste, por falta de estrutura. Os agentes comunitários e os que combatem endemias, estão sem equipamento para poder trabalhar: nem farda e nem crachá tem”.
Segundo a vereadora, muitos servidores estão adoecendo pelas condições insalubres das unidades, pelo crescente estresse no trabalho e por vivenciarem o sofrimento da população. “Está faltando tudo. Infelizmente, apenas a preocupação de nomeação de apaniguados tem motivado a prefeitura”.